Ruy Thormann Alves*
Não restam dúvidas de que nosso ambiente natural deteriorou-se gravemente e continua deteriorando-se. Depois de aceitarmos este fato, temos de determinar como e por que razão isto aconteceu e esperançosamente sugerir o que podemos fazer a esse respeito.
É certo que não vamos resolver ou acertar os problemas do ambiente com estas mal traçadas linhas, no entanto, se isto é verdade, também é muita verdade que, mais do que nunca, impõe-se conscientizar, analisar, debater e perquerir esta magnífica verdade como uma posição extremamente válida e necessária, caso contrário chegaremos àquela posição negativista e niilista, segundo a qual “ nada se faz porque nada é possível fazer e nada se consegue.” É nesta direção que muitos congressos, simpósios, reuniões e revistas, principalmente as de Umwelt, foram editadas para tratar de assuntos sobre o ambiente que o mundo vive, em termos nacionais e internacional.
O Presidente Jonhson, numa ordem executiva, que para nós é medida provisória, criando o Conselho do Presidente para o Recreio e a Beleza Natural, declarou, em 1966: “Estar isolado daquela América Natural é o mesmo que ter empobrecido – por diferente que possamos ser.” Destruí-la, tratá-la, descuidadamente, é desconsiderar uma das mais profundas, necessidades do homem, ou melhor, do espírito humano. Glenn T. Seaborg, presidente da Comissão de Energia Atômica, escreveu na revista “New York Times EconomicRewiew”- 1969, o seguinte: “Muitas pessoas de espírito louvável acreditam e receiam que a civilização técnica que criamos esteja fora de nosso controle, que, como um macro sistema guiado por grandes necessidades econômicas e sociais, o homem já não está no comando.” Sugeriu, por outro lado, o mesmo Glenn, que o nosso instinto de conservação nos ajudaria a passar o momento difícil, que não devemos desesperar, mas sim procurar, - nos mais profundos recantos do coração e da consciência humana –a chave para o futuro.
A industrialização, a urbanização, a utilização da energia fóssil e da nuclear, as melhorias de transportes e comunicações, envolvendo modificação no ambiente natural, se de um lado permitiram o crescimento populacional, cobraram por outro lado um preço bastante elevado. A proteção do ambiente, (seg. Rew. For. Volume 264), poderia ser dividida em dois itens: um contra a poluição “sentida”, como o descrito recentemente por Jorge Amado (Tieta do Agreste – Rio de Janeiro), e o outro, a poluição “não sentida”, representada hoje em dia por uns 15.234 compostos químicos com propriedades tóxicas conhecidas que são utilizadas em todo o mundo (National Conference on Preventive Medicine, NY, 1985)
Os fatores que poluem o ambiente, poluição do ar, a sonora e a própria poluição humana, isto é, a agregação do rebanho humano em áreas densas, faz prever que no futuro teremos mais trabalho para os nossos médicos e menos saúde para o povo.
A recente criada “Fundação Tupahue” acredita fielmente e firmemente que, faça a Nação o que fizer para tratar melhorar suas “urbes”, o Brasil não conseguirá, por certo, edificar uma boa sociedade urbana, e porque não rural também, se não começarmos tendo respeito pelo ambiente natural em que vivemos. A “Fundahue” como é conhecida, é uma organização técnica, científica, regional, de direito privado. É constituída de membros fundadores, instituidores, doadores, benfeitores e também beneméritos.
Ela representa aqueles que se preocupam com alterações rápidas e maciças do ambiente e o empobrecimento acelerado dos recursos naturais. Embora sendo uma Organização Não-Governamental, tem por objetivos buscar, desenvolver, apoiar, promover e divulgar sistemas, processos, estratégias e alternativas que ordenem de forma harmônica e sustentável a atividade humana neste complexo de ecossistemas inteirados com a vida e identidade própria, denominado “Ecosfera”
Está claro que, sendo uma “ONG”, colabora efetiva e inteiramente com todos os órgãos vivos da sociedade de homo sapiens livres, bem como toda a sociedade.
Aproveitando as comemorações da Semana do Meio Ambiente, que se realiza, acredito ter o movimento conservacionista suas raízes em atos e fatos dos tempos coloniais. A própria Rainha de Portugal, “Dona Maria, a Piedosa”, preocupou-se com os problemas ambientais baixando ordens no sentido de se tomar as preocupações para a conservação das nossas matas do Brasil. E evitar que elas se arruínem e destruam. O próprio José Bonifácio de Andrade e Silva, o patriarca de nossa “Independência”, saiu em defesa dos nossos recursos naturais, sendo seu destaque a memória sobre a pesca das baleias, em 1790 e a memória sobre a necessidade de plantio de novos bosques, em 1815. Como se pode calcular, passaram-se 208 anos mais ou menos, e é no presente século que vamos trabalhar para melhorar mais e mais o nosso substrato com a presença dos componentes da “Fundação Tupahue” em nossa região.
*Dr. Ruy Thormann Alves – Emérito Professor da “Universidade Federal de Pelotas” Pesquisador da EMBRAPA, Diretor do Biotério da UFPel, Escritor de artigos técnico-científicos-ambientais. Publicado no jornal “Diário Popular” na sexta feira, 09 de junho de 2000.
É certo que não vamos resolver ou acertar os problemas do ambiente com estas mal traçadas linhas, no entanto, se isto é verdade, também é muita verdade que, mais do que nunca, impõe-se conscientizar, analisar, debater e perquerir esta magnífica verdade como uma posição extremamente válida e necessária, caso contrário chegaremos àquela posição negativista e niilista, segundo a qual “ nada se faz porque nada é possível fazer e nada se consegue.” É nesta direção que muitos congressos, simpósios, reuniões e revistas, principalmente as de Umwelt, foram editadas para tratar de assuntos sobre o ambiente que o mundo vive, em termos nacionais e internacional.
O Presidente Jonhson, numa ordem executiva, que para nós é medida provisória, criando o Conselho do Presidente para o Recreio e a Beleza Natural, declarou, em 1966: “Estar isolado daquela América Natural é o mesmo que ter empobrecido – por diferente que possamos ser.” Destruí-la, tratá-la, descuidadamente, é desconsiderar uma das mais profundas, necessidades do homem, ou melhor, do espírito humano. Glenn T. Seaborg, presidente da Comissão de Energia Atômica, escreveu na revista “New York Times EconomicRewiew”- 1969, o seguinte: “Muitas pessoas de espírito louvável acreditam e receiam que a civilização técnica que criamos esteja fora de nosso controle, que, como um macro sistema guiado por grandes necessidades econômicas e sociais, o homem já não está no comando.” Sugeriu, por outro lado, o mesmo Glenn, que o nosso instinto de conservação nos ajudaria a passar o momento difícil, que não devemos desesperar, mas sim procurar, - nos mais profundos recantos do coração e da consciência humana –a chave para o futuro.
A industrialização, a urbanização, a utilização da energia fóssil e da nuclear, as melhorias de transportes e comunicações, envolvendo modificação no ambiente natural, se de um lado permitiram o crescimento populacional, cobraram por outro lado um preço bastante elevado. A proteção do ambiente, (seg. Rew. For. Volume 264), poderia ser dividida em dois itens: um contra a poluição “sentida”, como o descrito recentemente por Jorge Amado (Tieta do Agreste – Rio de Janeiro), e o outro, a poluição “não sentida”, representada hoje em dia por uns 15.234 compostos químicos com propriedades tóxicas conhecidas que são utilizadas em todo o mundo (National Conference on Preventive Medicine, NY, 1985)
Os fatores que poluem o ambiente, poluição do ar, a sonora e a própria poluição humana, isto é, a agregação do rebanho humano em áreas densas, faz prever que no futuro teremos mais trabalho para os nossos médicos e menos saúde para o povo.
A recente criada “Fundação Tupahue” acredita fielmente e firmemente que, faça a Nação o que fizer para tratar melhorar suas “urbes”, o Brasil não conseguirá, por certo, edificar uma boa sociedade urbana, e porque não rural também, se não começarmos tendo respeito pelo ambiente natural em que vivemos. A “Fundahue” como é conhecida, é uma organização técnica, científica, regional, de direito privado. É constituída de membros fundadores, instituidores, doadores, benfeitores e também beneméritos.
Ela representa aqueles que se preocupam com alterações rápidas e maciças do ambiente e o empobrecimento acelerado dos recursos naturais. Embora sendo uma Organização Não-Governamental, tem por objetivos buscar, desenvolver, apoiar, promover e divulgar sistemas, processos, estratégias e alternativas que ordenem de forma harmônica e sustentável a atividade humana neste complexo de ecossistemas inteirados com a vida e identidade própria, denominado “Ecosfera”
Está claro que, sendo uma “ONG”, colabora efetiva e inteiramente com todos os órgãos vivos da sociedade de homo sapiens livres, bem como toda a sociedade.
Aproveitando as comemorações da Semana do Meio Ambiente, que se realiza, acredito ter o movimento conservacionista suas raízes em atos e fatos dos tempos coloniais. A própria Rainha de Portugal, “Dona Maria, a Piedosa”, preocupou-se com os problemas ambientais baixando ordens no sentido de se tomar as preocupações para a conservação das nossas matas do Brasil. E evitar que elas se arruínem e destruam. O próprio José Bonifácio de Andrade e Silva, o patriarca de nossa “Independência”, saiu em defesa dos nossos recursos naturais, sendo seu destaque a memória sobre a pesca das baleias, em 1790 e a memória sobre a necessidade de plantio de novos bosques, em 1815. Como se pode calcular, passaram-se 208 anos mais ou menos, e é no presente século que vamos trabalhar para melhorar mais e mais o nosso substrato com a presença dos componentes da “Fundação Tupahue” em nossa região.
*Dr. Ruy Thormann Alves – Emérito Professor da “Universidade Federal de Pelotas” Pesquisador da EMBRAPA, Diretor do Biotério da UFPel, Escritor de artigos técnico-científicos-ambientais. Publicado no jornal “Diário Popular” na sexta feira, 09 de junho de 2000.
Ruy Thormann Alves, um dos Fundadores e Participante Honorário da Fundação Tupahue, foi por vários anos Presidente do Conselho Deliberativo até seu falecimento em 23 de dezembro de 2005. Amigo e irmão inseparável de Amilton Moreira, instituidor da Fundação Tupahue até expirar.
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