AGENDAMENTOS - COMO FUNCIONA A TRILHA

Orientações para a visita ao Parque:
- a trilha ecológica é uma aula diferenciada no qual exige o mesmo silêncio e atenção dos alunos;
- os animais que estão no Parque não são domesticados, qualquer barulho diferente os mesmos não nos contemplam com sua visita durante a trilha, se fazendo necessário o silêncio durante trajeto;
- os professores das escolas ou o coordenador do grupo ficará responsável por manter o silêncio e a ordem dos seus alunos;
- os acompanhantes dos grupos, seja ele coordenador, professor, pais ou afins, deverão participar da trilha por não possuirmos local apropriado para a espera do término da visita;
- durante o trajeto é PROIBIDO o consumo de qualquer alimento e tampouco jogar lixo no lixão, apenas líquidos são permitidos;
- o grupo deverá andar sempre junto, não podendo se afastar dos demais;
- após o trajeto, os alunos se encaminharão para um local apropriado para o lanche, no qual os alunos deverão trazer alimentos os mais saudáveis possíveis, evitando a produção de lixos, então recomendamos sanduíches naturais, frutas e sucos. Caso seja gerado lixo, a escola deverá levar o lixo consigo;
- recomendamos o uso de calças compridas e sapatos fechados para evitar qualquer eventualidade com animais peçonhentos.

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Jeferson LLano

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Jardim Sensorial de Inclusão

PROJETO JARDIM SENSORIAL de INCLUSÃO
PARQUE ESCOLA FUNDAÇÃO TUPAHUE
Educação ambiental não formal
(Apresentado ao Fundo Municipal de Proteção e Recuperação Ambiental - FMAM, em fase de análise pelo Conselho Gestor do FMAM)
Introdução
No dia-a-dia, o contato com o mundo se dá cada vez mais pela visão e em diversas ocasiões os demais sentidos ficam em segundo plano. Temos a impressão de perceber tudo através dos olhos, como se os outros sentidos estivessem adormecidos, enquanto na verdade, as relações do homem com seu mundo dependem de uma série de informações que o instigam a utilizar todos os órgãos dos sentidos.
De acordo com o Censo Demográfico de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 24,6 milhões de brasileiros, ou seja, 14,5% da população, possuem algum tipo de deficiência no Brasil. Dessas 24,6 milhões de pessoas, 48,1% têm deficiência visual.
As pessoas que convivem com algum tipo de deficiência ou incapacidade estão sujeitas ao distanciamento da realidade e, neste contexto, um Jardim Sensorial de Inclusão – assim o chamaremos neste projeto – possui a função de retomar os sentidos perdidos, avivando a percepção adormecida, tornando-a real novamente, estimulando, além dos sentidos clássicos - visão, audição, olfato, gustação e tato - a própria percepção e o equilíbrio, sentidos integradores, mas esquecidos.
Nas primeiras décadas do século vinte, os profissionais da área da saúde começaram a se preocupar em desenvolver ambientes funcionais, reflexos de uma nova visão científica e tecnológica. Nos anos que se seguiram, muitos ambientes foram desenvolvidos e considerados eficientes para a reabilitação. Hoje se sabe que eles eram na verdade estressantes e inadequados, pois não supriam as necessidades emocionais e psicológicas dos pacientes. Surgiu então a necessidade de se criar locais de trabalho que, além de funcionais, proporcionam ao paciente um ambiente mais tranqüilo e o suporte psicológico necessário para lidar com suas limitações. Foram assim criados os primeiros jardins terapêuticos. A diversidade, a constante renovação e a multisensorialidade oferecida por esses espaços levam os pacientes, crianças, adolescentes e adultos a uma busca constante de novas interações, estimulando o desenvolvimento físico, mental e espiritual.
Planejados para despertar todos os sentidos do corpo, não só a visão, os chamados jardins sensoriais estão ganhando um número cada vez maior de adeptos no mundo. Eles começaram a ser construídos nos Estados Unidos e na Europa no final dos anos 90 para o lazer de deficientes visuais. Mas a idéia de tocar, cheirar e ouvir a natureza vem seduzindo um público variado. Hoje várias cidades européias e norte-americanas já contam com seus jardins sensoriais.
“Nós, que temos visão, tendemos a perceber tudo através dos olhos e perdemos os outros sentidos; não lembramos, por exemplo, que as plantas podem ter uma textura agradável ao tato, além de um bom aroma", comenta a paisagista norte-americana Eileen Hastings, que criou, em 1998, o pequeno jardim das sensações da cidade de Fort Wright, em Kentucky, nos EUA, um dos primeiros de que se tem notícia. A paisagista concebeu o jardim pensando inicialmente nas necessidades de deficientes visuais e pessoas em cadeiras de roda. Escolheu plantas sem espinhos e agradáveis ao tato e construiu um muro de cerca de 1 m de altura sobre o qual colocou uma grande variedade de flores e ervas para que as pessoas em cadeiras de roda, que não podem se abaixar ou se erguer, também conseguissem olhá-las de perto e tocá-las.
Projetados principalmente para pessoas com deficiência visual, mas também destinados a todos os que buscam um maior contato com a natureza através das sensações, estes ambientes de inclusão permitem aos portadores de necessidades especiais conhecerem, experimentarem e sentirem o meio que os circunda.
"Durante muito tempo, subestimamos a importância dos jardins como fonte de estímulo e repouso para pessoas com demência. Sabemos, agora, que elas respondem muito bem a estímulos sensoriais. O aroma de plantas e ervas ajuda a acalmar e a despertar lembranças", diz Jane Gilliard, diretora do centro de estudos sobre demência da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
O enfermeiro Chris Rowlands, que acaba de inaugurar um jardim sensorial numa casa para idosos com demência em Malvern, na Inglaterra, confirma: "O jardim tem, de modo geral, um efeito relaxante. Se os idosos estão muito agitados, nós os levamos para dar uma volta no jardim, e funciona bem", comenta.
Os benefícios de um jardim sensorial são inúmeros. Para começar, é um ótimo lugar para qualquer um fugir do estresse e relaxar. O som da água, dos galhos e dos pequenos sinos ajudam a acalmar.Ali, as pessoas conhecem as plantas e outras peças expostas também pelo cheiro, som e toque. Sentem o perfume das plantas, conhecem seus formatos e texturas. Plantas como a alfazema ou o tomilho, por exemplo, quando espremidas entre os dedos, liberam um aroma agradável e reconfortante. Tocar as plantas, senti-las com as pontas dos dedos e curtir seu aroma também é uma experiência sensual que ajuda a aguçar os sentidos. Para os deficientes físicos e visuais, os jardins das sensações oferecem um contato mais próximo e seguro com a natureza. A audição é instigada através do movimento da água de lagos ou repuxos, pelo zunido do vento ao balançar árvores e plantas. A visão é provocada com plantas de cores exuberantes. Há a associação pelo paladar, onde é possível experimentar plantas e ervas utilizadas na preparação de chás e temperos, para serem identificados com a alimentação. Plantas aquáticas também podem ser utilizadas. Através de um estimulo a todos os sentidos é possível até mesmo perceber-se as diversas formas de vida que se encontram escondidas em pequenos espaços. Os médicos e educadores também descobriram que eles podem ser usados com sucesso para estimular os sentidos e acalmar crianças com dificuldades de aprendizagem e idosos que sofrem de demência.
Desta forma, o Jardim Sensorial de Inclusão busca revitalizar alguns sentidos amortecidos, por vezes esquecidos pelos portadores de necessidades especiais, trazendo de volta sensações que devolvam parte dos sentidos enfraquecidos, podendo assim, integrá-los à natureza que os envolve e, conseqüentemente, às questões ambientais.
Objetivo Geral
O objetivo geral deste projeto é a adaptação e também a construção de um ambiente capaz de proporcionar tanto às pessoas portadoras de deficiência como aos demais, as mais diversas sensações que a natureza oferece, bem como oportunizar às mesmas a compreensão do quanto é importante mantermos tais belezas vivas e perto de todos nós, despertando assim a consciência ecológica nestas pessoas tão especiais, com a inclusão e o convívio de todos.
Objetivos Específicos
- Construção de um Jardim Sensorial de Inclusão no Parque Escola Fundação Tupahue;
- Integração de pessoas ou grupo de pessoas portadoras de deficiência aos projetos de educação ambiental já em execução no Parque Escola Fundação Tupahue e a outros que haverão de ser executados, trazendo-os à discussão e responsabilidade sobre as questões ambientais, bem como aprimorar as condições de aprendizagem para todos os demais;
- Disponibilizar, aos portadores de necessidades especiais e aos demais, um espaço capaz de proporcionar maior contato com a natureza através de todos os sentidos;
- Despertar a consciência ecológica nas pessoas portadoras de necessidades especiais, e naquelas com dificuldade de acesso a informação;
- Sensibilizar as pessoas que não são portadoras de necessidades especiais quanto às dificuldades daquelas que as são.
- Oportunizar a fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais da área da saúde, mediante agendamento prévio e condicionado a eventual disponibilidade material e de pessoal, ali encontrar meios e ferramentas de melhor desempenhar suas tarefas.

Justificativa
Justifica-se este projeto pela necessidade e direito de integração das pessoas portadoras de deficiência ao ambiente natural preservado ou recuperado, e por despertar neles esses diversos sentidos já citados, por levar a eles informações e sensações nunca sentidas ou muitas vezes retraídas pela alienação. Para aqueles que dispõem da possibilidade de domínio de todos os sentidos, é importante ferramenta facilitadora das ações de educação ambiental.
Sustentabilidade
A sustentabilidade será garantida pelo viveiro de plantas a ser implantado, fonte de abastecimento e reposição de material vivo, como também através de criteriosa coleta de, tais como troncos de árvores caídas, frutos, sementes, esqueletos e outros elementos abundantes no recinto do Parque Escola onde será instalado o Jardim Sensorial de Inclusão. Há que se observar que o projeto será sustentável enquanto houver público – que no caso é permanente – e enquanto for garantido um mínimo de manutenção ao Jardim. Este último, após sua construção e ao término do período de execução do projeto, ficará integrado as atividades normais de manutenção do Parque Escola.

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